Produção Audiovisual
Aqui você encontra vídeos que descrevem pesquisas e resultados do LaBioSignal, os quais foram idealizados, conduzidos e/ou orientados pela coordenadora do Laboratório (Profa. Dra. Ariane) e podem ser acessados pelo nosso canal no YouTube (LaBioSignal UFSC).
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Resumo de artigo científico em formato audiovisual
Título do artigo: “Perinatal exposure to a glyphosate pesticide formulation induces offspring liver damage” (A exposição perinatal a uma formulação de pesticida glifosato induz danos no fígado da prole).
Autores do artigo: Carla Elise Heinz Rieg; Daiane Cattani; Nathalia Ferrazo Naspolini; Vitória Hayduck Cenci; Vera Lúcia de Liz Cavalli; Amanda Virtuoso Jacques; Marcus Vinicius Pereira dos Santos Nascimento; Eduardo Monguilhott Dalmarco; Ana Carolina Rabello de Moraes; Maria Cláudia dos Santos Silva; Fátima Regina Mena Barreto Silva; Eduardo Benedetti Parisotto; Ariane Zamoner.
Produção do vídeo: Luana Clemente Canuto
Orientador: Ariane Zamoner Pacheco de Souza
Resumo: O presente estudo investigou os efeitos da exposição perinatal ao herbicida à base de glifosato (HBG) no fígado da prole. Ratas Wistar prenhas foram expostas ao HBG (70 mg glifosato/kg de peso corporal/dia) na água potável desde o 5º dia de gestação até o 15º dia pós-natal. A exposição perinatal ao HBG aumentou o influxo de 45 Ca 2+ no fígado da prole . As ferramentas farmacológicas indicaram um papel desempenhado pelo estresse oxidativo, pelas vias fosfolipase C (PLC) e Akt, bem como pela modulação do canal de Ca2+ dependente de voltagem e influxo de Ca2+ no fígado da prole induzido por HBG. Além disso, alterações no sistema enzimático de defesa antioxidante, diminuição do conteúdo de GSH, peroxidação lipídica e carbonilação de proteínas sugerem uma conexão entre o mecanismo hepatotóxico induzido por HBG e o desequilíbrio redox. A exposição perinatal ao HBG também aumentou a atividade enzimática das transaminases e da gama-glutamil transferase no fígado e no sangue da prole, sugerindo lesão hepática induzida por pesticida. Além disso, detectamos aumento dos níveis de ferro no fígado, sangue e medula óssea de ratos expostos ao HBG, que foram acompanhados por aumento da saturação de transferrina e diminuição dos níveis de transferrina no sangue. Os níveis de fator de necrose tumoral-α (TNF-α) e interleucina-6 (IL-6) estavam aumentados no fígado de ratos expostos perinatalmente ao HBG, os quais foram associados com. Aumento do conteúdo imunológico de fosfo-p65NFκB.2+ influxo, dano oxidativo e inflamação. Estudos posteriores esclarecerão se esses eventos podem afetar a função hepática.
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32° Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da UFSC (SIC)
Título do projeto: Avaliação Ocupacional de trabalhadores rurais à agrotóxicos como fator de risco para o desenvolvimento de transtornos psicológicos como ansiedade e depressão sob parâmetros inflamatórios e de estresse oxidativo no município de Maravilha\SC
Bolsista: Luana Clemente Canuto
Orientador: Ariane Zamoner Pacheco de Souza
Colaboradores: Mariane Magalhães Zanchi
Departamento/Centro: Departamento de Bioquímica/CCB
Palavras-chave: agrotóxicos, depressão, ansiedade, inflamação, estresse oxidativo.
Resumo: A exposição a agrotóxicos tem sido apontada como fator de risco para diversos agravos à saúde, incluindo câncer, distúrbios reprodutivos e transtornos mentais, como a depressão. Dentre os mecanismos envolvidos na fisiopatologia da depressão, sugere-se a participação de processos oxidativos e inflamatórios. O objetivo do presente estudo foi avaliar se a exposição ocupacional a agrotóxicos é fator de risco para depressão e ansiedade, e a sua correlação com inflamação e de estresse oxidativo em trabalhadores rurais do município de Maravilha/SC. Foram selecionados agricultores expostos a agrotóxicos para o grupo teste e residentes da área urbana para grupo controle. Foram avaliados o perfil sociodemográfico e foram aplicados o Inventário de Beck de depressão (BDI) e os questionários de ansiedade traço-estado (IDATE), para avaliar eventuais estados depressivos e de ansiedade entre os indivíduos. Foram coletadas amostras de sangue dos participantes e foram avaliadas a atividade da colinesterase e das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa-S-transferase e glutationa peroxidase. Também foram mensuradas a concentração das citocinas IL-1beta, TNF-alfa, Il-6 e IL10, bem como de proteína C reativa. Os dados sociodemográficos demonstraram uma maioria masculina (93%), com média de 50 anos de idade, e apontaram que apenas 11% do grupo exposto possuía ensino superior completo, em detrimento de 80% do grupo controle. Observou-se escore aumentado para depressão no grupo exposto, que foi associado a desbalanço redox (aumento na atividade da SOD e diminuição da CAT) e inflamação (aumento na concentração da TNF-α e IL-1β). Os demais parâmetros não apresentaram diferenças entre os grupos. Os dados obtidos sugerem que o estresse oxidativo e a inflamação podem estar correlacionados, de alguma forma, com o aumento no escore para depressão observado por meio do Inventário de Beck no grupo exposto a agrotóxicos, sugerindo os trabalhadores rurais como grupo vulnerável a transtornos mentais e que atenção deve ser dada a esta população.
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31º Seminário de Iniciação Científica UFSC
Título do projeto: Envolvimento de processos inflamatórios e do sistema redox na neurotoxicidade induzida pela exposição materna ao glifosato
Bolsista: Giovana Garrido Geremia
Orientador: Ariane Zamoner Pacheco de Souza
Colaboradores: Katiuska Marins e Claudia Daniele Bianco
Departamento/Centro: Departamento de Bioquímica/CCB
Palavras-chave: agrotóxico, neurodesenvolvimento
Resumo: Os herbicidas à base de glifosato (HBG) lideram o mercado mundial de agrotóxicos, acarretando consequências à saúde e ao ambiente. O objetivo deste estudo foi investigar o efeito e o mecanismo de toxicidade associado à exposição perinatal ao HBG no córtex pré-frontal da prole de ratos. Para tal, ratas Wistar prenhas foram expostas ao HBG na água de beber a partir do 5º dia gestacional até os filhotes completarem 15 dias de idade. No dia do experimento, os filhotes foram eutanasiados e o encéfalo foi removido e dissecado. A atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx), bem como o conteúdo de GSH e a formação de espécies reativas de oxigênio (EROs) foram determinados em tecido do córtex pré-frontal da prole. Além disso, a atividade da mieloperoxidase (MPO) e as concentrações das citocinas pró-inflamatórias TNF-α, IL-6 e IL-1β foram mensuradas no córtex pré-frontal dos filhotes. Os resultados demostraram aumento na atividade das enzimas SOD, CAT e GPx, associados ao aumento do conteúdo de GSH no córtex pré-frontal dos filhotes expostos ao herbicida durante o período perinatal, sugerindo desbalanço redox e estresse oxidativo. A atividade da MPO não foi alterada pela exposição perinatal do HBG; porém, o aumento nas concentrações de TNF-α, IL-6 e IL-1β no córtex pré-frontal dos animais expostos ao HBG durante a gestação e aleitamento corroboram a participação de eventos inflamatórios no mecanismo de toxicidade do herbicida. Em conjunto, os resultados sugerem que a exposição materna ao HBG durante a prenhez e o aleitamento induz neurotoxicidade e que o mecanismo de toxicidade do herbicida envolve o desbalanço redox e neuroinflamação.
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30º Seminário de Iniciação Científica UFSC
Título do projeto: Envolvimento de processos inflamatórios e do sistema redox na hepatotoxicidade induzida pela exposição materna ao glifosato Bolsista: Giovana Garrido Geremia
Orientador: Ariane Zamoner Pacheco de Souza
Colaboradores: Carla Elise Heinz Rieg, Daiane Cattani, Katiuska Marins e Sandra Joseane Garcia
Departamento/Centro: Departamento de Bioquímica/CCB
Palavras-chave: agrotóxico, fígado, bioquímica
Resumo: Os herbicidas a base de glifosato (HBG) lideram o mercado mundial de agrotóxicos, acarretando em consequências a saúde e ao ambiente. O objetivo deste estudo foi investigar o efeito e o mecanismo de toxicidade associado à exposição materna ao HBG no fígado da prole. Para tal, de ratas Wistar prenhas foram expostas ao HBG na água de beber a partir do 5º dia gestacional até os filhotes completarem 15 dias de idade. No dia do experimento, os filhotes foram eutanasiados, o fígado removido e o sangue coletado. A concentração de glicose, atividades das enzimas superóxido dismutase (SOD) e glutationa-S-transferase (GST), bem como a carbonilação de proteínas e o conteúdo de GSH foram determinados em sangue periférico e em fígado da prole. A concentração de glicose, lactato, glicogênio, TNF-α, IL-6 e NF-κB foram mensuradas em fígado dos filhotes. Os resultados mostraram aumento na carbonilação de proteínas e depleção de GSH, associados ao aumento na atividade da SOD e da GST em sangue periférico e fígado dos filhotes expostos ao herbicida, sugerindo desbalanço redox e estresse oxidativo. Além disso, o HBG induziu hipoglicemia e diminuição no conteúdo de glicogênio hepático. Por outro lado, a concentração de glicose hepática livre estava elevada, enquanto a de lactato estava diminuída no fígado dos filhotes expostos ao HBG. O aumento na concentração de TNF-α e IL-6, bem como na fosforilação da subunidade p65 do NF-κB no fígado dos animais expostos ao HBG corroboram a participação de eventos inflamatórios no mecanismo de toxicidade do herbicida. Em conjunto, os resultados sugerem que a exposição materna ao HBG durante a prenhez e o aleitamento induz hepatotoxicidade e que o mecanismo de toxicidade do herbicida envolve o desbalanço redox, desregulação metabólica e inflamação.
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29º Seminário de Iniciação Científica UFSC
Título do projeto: Impactos da exposição ao agrotóxico glifosato no hipotálamo de ratos: implicações no metabolismo celular e na saúde animal.
Bolsista de Iniciação Científica: Carolinne Sayury Wajima
Orientador: Ariane Zamoner Pacheco de Souza
Departamento/Centro: Departamento de Bioquímica/CCB
Palavras-chave: Glifosato, estresse oxidativo, inflamação, sinalização purinérgica, neurotoxicidade
Resumo: Os herbicidas à base de glifosato (HBG) são organofosforados não-seletivos e sistêmicos que lideram o mercado mundial de pesticidas. O objetivo do presente estudo foi investigar os mecanismos subjacentes à neurotoxicidade induzida pela exposição materna ao HBG durante a gestação e lactação no hipotálamo da prole. Ratas Wistar fêmeas foram expostas a 1% de HBG na água de beber a partir do 5º dia gestacional até os filhotes completarem 15 dias de idade. No dia do experimento, fatias de hipotálamo foram coletadas para avaliação da formação de espécies reativas de oxigênio (EROs) e espécies reativas de nitrogênio (ERNs). Determinou-se o conteúdo de glutationa (GSH) como marcador de estresse oxidativo por método colorimétrico. Além disso, para avaliação do sistema purinérgico relacionado às respostas imunes e inflamatórias, foi realizada a determinação da atividade enzimática da enzima ecto-5’-nucleotidase envolvida na hidrólise de nucleotídeos, com uso de ATP, ADP ou AMP como substrato. Os resultados mostraram que a exposição ao HBG aumentou a geração de EROs no grupo HBG comparado ao grupo controle, enquanto as concentrações de ERNs não apresentaram diferenças estatísticas entre os grupos. O conteúdo de GSH foi maior no grupo HBG. Já em relação à hidrólise de ATP e ADP não foram obtidos resultados alterados pelo grupo HBG. No entanto, a atividade da ecto-5’nucleotidase foi diminuída no grupo HBG quando comparado ao controle. Desse modo, os resultados obtidos sugerem que o HBG pode afetar a sinalização purinérgica com a provável diminuição dos níveis de adenosina, uma vez que a atividade da ecto-5’nucleotidase foi diminuída. Tal evento pode estar envolvido em processos inflamatórios que geram um desbalanço do estado redox e, como mecanismo compensatório, pode ocorrer o aumento do conteúdo de glutationa. Novos estudos são necessários para compreender os mecanismos de toxicidade do HBG no intuito de propor estratégias de prevenção ou reversão dos danos causados.
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28º Seminário de Iniciação Científica UFSC
Título do projeto: Impactos da exposição ao agrotóxico paraquat no sangue e na medula óssea de ratos adultos
Bolsista de Iniciação Científica: Carolinne Sayury Wajima
Orientador: Ariane Zamoner Pacheco de Souza
Departamento/Centro: Departamento de Bioquímica/CCB
Palavras-chave: Agrotóxico, genotoxicidade, inflamação
Resumo: O Paraquat (PQ) é um herbicida de amplo espectro e baixo custo muito utilizado no Brasil. O objetivo do presente estudo foi investigar as alterações genotóxicas, hematopoiéticas, bem como os danos oxidativos induzidos pela exposição ao paraquat em modelo animal. Ratos Wistar machos de 60 dias de idade receberam 10 mg/Kg de peso de PQ via intraperitoneal ou salina (controle) por 5 dias consecutivos. No dia do experimento o sangue periférico e a medula óssea foram coletados para avaliação do perfil eritrocitário e leucocitário, bem como para realização do ensaio cometa e da técnica de micronúcleos com bloqueio da citocinese celular. Além disso, determinou-se a atividade da glutationa-S-transferase, como marcador de estresse oxidativo, e da mieloperoxidase, como marcador de inflamação, por metódos colorimétricos. Os resultados mostraram que a exposição ao PQ diminui o número de leucócitos no sangue periférico dos animais e aumenta a razão neutrófilos/linfócitos (RNL), considerada um marcador de mau prognóstico. O aumento na RNL também está associado a resposta inflamatória e ativação do sistema imune. Além disso, os resultados apresentaram genotoxicidade e potencial mutagenicidade do PQ, como demonstrado no aumento dos danos observados no ensaio cometa em sangue periférico e medula óssea dos animais expostos, bem como no aumento no número de micronúcleos. Os efeitos do PQ sobre células sanguíneas estão associados à indução de estresse oxidativo e inflamação, conforme demonstrado pela inibição da GST, fundamental na biotransformação de xenobiontes, e pela indução da mieloperoxidase. Os mecanismos precisos de toxicidade do PQ ainda não são compreendidos, mas acredita-se que a indução de estresse oxidativo via sistema redox desempenha um papal importante nesses processos. Novos estudos são necessários para compreender os mecanismos de toxicidade do paraquat no intuito de propor estratégias de prevenção ou reversão dos danos causados por esta substância.
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