Novembro roxo, o mês da Prematuridade
O mês de novembro é internacionalmente dedicado a sensibilização sobre a prematuridade.
O Dia 17 de novembro é considerado o Dia Mundial da Prematuridade e foi criado para sensibilizar a população para um problema de saúde pública, a prematuridade, e assim, inspirar todos a refletirem nas estratégias para a sua prevenção e para melhorar a assistência neonatal a esses pacientes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o 10º país com mais partos prematuros no mundo.
O nascimento do bebê é um momento muito esperado, idealizado e sonhado. Mas, infelizmente, nem tudo acontece como planejado e algumas vezes precisamos lidar com situações inesperadas, como a chegada de um filho prematuro. No caso da coordenadora do LaBioSignal, teve lidar com a chegada de dois filhos prematuros na 30a semana de gestação. Os gêmeos prematuros João e Pedro nasceram em novembro de 2014, justamente no mês dedicado a prematuridade.
Nem todos os bebês prematuros necessitam passar por uma internação em Unidade de Terapia intensiva (UTI) neonatal, mas grande parte deles poderá precisar, principalmente se a gestação for menor de 35 semanas.
Segundo a profa Ariane, mãe dos gêmeos prematuros, “…O maior desafio como mãe de bebês prematuros, vai muito além do período de internação na UTI neonatal, onde para mim, o amor, a dor, o medo, a angústia e inúmeras incertezas inundavam minha alma e faziam lágrimas correrem de meus olhos diariamente. Foram 40 dias de hospital onde eu não sai de perto dos meninos. Eu dormia, comia, tomava banho… fazia absolutamente tudo no hospital e me recusei em ir para casa. Nem o sol incandescente do verão eu vi durante esses 40 dias. Só saí uma vez do hospital, para ir até minha ginecologista. Foram alguns dos dias mais difíceis de toda minha vida. Mas o cuidado não acabou ali, ao sair da UTI; bebês prematuros demandam muitos cuidados, terapias e atenção, que são primordiais para amenizar as consequências da prematuridade. Pedro e João apresentaram hemorragia cerebral e leucomalácia periventricular quando na UTI, além de inúmeras complicações hemodinâmicas, infecções, entre outras. Como consequência e uma das sequelas possíveis da prematuridade, Pedro tem paralisia cerebral diplégica. Já se passaram quase 7 anos que meus meninos nasceram e tem sido períodos de muitas terapias, amor e cuidados. Acho que só as mamães de UTI e aquelas de filhos com alguma deficiência conseguirão entender toda a mistura de sentimentos, angústias e expectativas. Força, coragem, resiliência e um amor imenso definem nosso dia a dia.”
No dia 17 de novembro, use roxo!
Comments