Dia Mundial de Prevenção da Síndrome Alcoólica Fetal

28/04/2020 01:33

O dia 9 de setembro ficou estabelecido como Dia Mundial de Prevenção da Síndrome Alcoólica Fetal. No ano de 2019, um importante ciclo de palestras marcou esta data na UFSC. Em parceria interdisciplinar entre o Grupo de Extensão sobre os Perigos do Consumo de Álcool Durante a Gestação (NeurAlcool), o Laboratório de Neuroplasticidade (LANEP) e o Laboratório de Bioquímica e Sinalização Celular (LaBioSignal), este evento contou com a participação ativa das professoras e pesquisadoras da UFSC, Profa. Dra. Patricia de Souza Brocardo e Profa. Dra. Ariane Zamoner Pacheco de Souza.

Foi um evento gratuito com ampla divulgação, incluindo as mídias digitais da UFSC. Foi elaborada uma plataforma digital, onde os interessados tiveram acesso à temática, aos integrantes da comissão organizadora, um espaço para realização da inscrição, além da programação completa e um link para transmissão ao vivo. As discussões geradas nesse evento foram muito produtivas e nos permitiram planejar o próximo evento programado para acontecer no dia 9 de setembro de 2020.

Contextualizando essa problemática, sabe-se que a exposição pré-natal ao álcool é reconhecida como a causa evitável mais comum de deficiência intelectual no mundo ocidental, podendo levar a um conjunto de efeitos adversos denominados Transtornos do Espectro Alcoólico Fetal (TEAF).

Este é considerado um termo guarda-chuva que engloba todos os transtornos decorrentes da exposição pré-natal ao álcool. Incluindo os Defeitos Congênitos Relacionados ao Álcool, que são problemas primeiramente físicos. As Desordens Neurológicas Relacionadas ao Álcool, que se refletem principalmente no comportamento. A Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que pode se apresentar na forma completa ou parcial. A SAF, na sua forma completa, se caracteriza como a manifestação com consequências mais graves e comprometedoras e ocorre mediante consumo crônico de altas doses de álcool, ou seja, a mãe precisa beber muito durante toda a gestação.

Esta manifestação é considerada uma síndrome pois apresenta um padrão de características específicas: 1) Dismorfologias faciais; 2) Déficits no crescimento; 3) Desordens neurológicas. A SAF é a única manifestação de TEAF que pode ser diagnosticada sem que a mãe confirme que consumiu álcool.

Os danos decorrentes do uso de álcool durante a gestação podem se perpetuar ao longo de toda a vida, comprometendo o bem-estar global tanto do indivíduo quanto de seus familiares, além de gerar gastos à saúde pública. Atualmente não existe um tratamento efetivo para este transtorno e a melhor forma de prevenção é a abstinência total do uso de bebidas alcoólicas durante a gestação. Para o feto, não existe uma dose segura e nem um período seguro.

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