Novembro Azul

18/11/2022 21:17

A Campanha do Novembro Azul possui o com o intuito de conscientizar e sensibilizar a população sobre o câncer de próstata. No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca). O câncer de próstata, tipo mais comum entre os homens, é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. E é a segunda neoplasia mais frequente no mundo, atrás apenas de câncer de pulmão (BRAY et al., 2018).

Dentre os principais fatores de risco, é possível apontar a existência de histórico familiar de câncer de próstata: pai, irmão e tio; raça: homens negros sofrem maior incidência deste tipo de câncer e obesidade. Não só, existem estudos epidemiológicos que apontam uma correlação entre a exposição à agrotóxicos e o câncer de próstata, uma vez que essas substâncias agem como disruptores endócrinos (desregulam o sistema endócrino), ocasionando distúrbios relacionados à reprodução humana, infertilidade masculina, anormalidades do desenvolvimento sexual e o surgimento de tumores hormônio-dependentes, como os cânceres de ovário, mama, próstata, testículos e tireoide. 

A única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce, por isso é importante ressaltar que é essencial a realização do exame físico (toque retal)  e laboratorial (Antígeno Prostático Específico – PSA) em homens de idade avançada (40 anos ou mais) mesmo com a ausência de sintomas.

Fontes:

  • SAÚDE, Ministério da (org.). Novembro Azul: Ministério da Saúde reforça cuidados com saúde do homem: objetivo é sensibilizar e conscientizar a população masculina em relação aos cuidados com a saúde e prevenção de doenças. Objetivo é sensibilizar e conscientizar a população masculina em relação aos cuidados com a saúde e prevenção de doenças. 2022. 
  • SILVA, João Francisco Santos da; SILVA, Ageo Mário Cândido da; LIMA-LUZ, Laércio; AYDOS, Ricardo Dutra; MATTOS, Inês Echenique. Correlação entre produção agrícola, variáveis clínicas-demográficas e câncer de próstata: um estudo ecológico. 2015.
  • SAÚDE, Biblioteca Nacional em. Novembro Azul: mês mundial de combate ao câncer de próstata. 2022. 

Novembro Roxo

17/11/2022 22:26

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Dia 17 de novembro é considerado o Dia Mundial da Prematuridade, criado para sensibilizar a população acerca deste problema de saúde pública. De acordo com o Ministério da Saúde, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano no Brasil. O bebê é considerado prematuro quando nasce antes das 37 semanas de gestação. Ademais, a prematuridade é uma questão de saúde pública e pode oferecer alguns riscos à saúde do recém-nascido, por isso, exige uma série de cuidados multidisciplinares. Lembrando que os cuidados aos prematuros devem ocorrer não só durante o período neonatal, mas também ao longo de toda a infância, uma vez que apresentam particularidades sobre o crescimento, desenvolvimento e possíveis comorbidades relacionadas à prematuridade.

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      É possível apontar que existem fatores de risco que podem culminar para o nascimento de bebês prematuros, como: parto prematuro anterior; estar grávida de mais de um bebê (gêmeos, trigêmeos ou mais); problemas com o útero ou colo; problemas crônicos de saúde na mãe, como pressão arterial elevada, diabetes e distúrbios de coagulação; determinadas infecções durante a gravidez; tabagismo, uso de álcool ou uso de drogas ilegais durante a gravidez. No entanto, alguns estudos vêm apontando que a exposição crônica aos agrotóxicos na gravidez pode ser considerada fator de risco para prematuridade. Por isso, devemos ressaltar a importância do acompanhamento pré-natal que é essencial para prevenir, diagnosticar e tratar precocemente possíveis complicações para a mãe e/ou para o bebê.

Fonte:

LOPES, J. Novembro Roxo conscientiza sobre cuidados e prevenção da prematuridade. Disponível em:     encurtador.com.br/pCGKY. Acesso em: 17 nov 2022.

CREMONESE, C. et al. Exposição a agrotóxicos e eventos adversos na gravidez no Sul do Brasil, 1996-2000. Cad. Saúde Pública, v. 28, n. 7, 2012.

LABOSIGNAL PROMOVE CURSOS SOBRE IMPACTOS DOS AGROTÓXICOS E DO USO DE ÁLCOOL PARA A SAÚDE HUMANA

04/11/2022 00:23

 

Nos dias 09 e 10 de novembro de 2022, o Laboratório de Bioquímica e Sinalização Celular – LabioSignal, irá promover dois minicursos junto a Semana 19ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC.

 

Curso 1

Impactos dos agrotóxicos sobre a saúde humana: considerações sobre o uso no Brasil e no mundo

O uso de agrotóxicos tem sido justificado como estratégia para aumentar a produção de alimentos para uma população em constante crescimento. O uso intensivo e inadequado dos agrotóxicos trouxe ainda um processo de resistência a pragas, ervas infestantes e doenças, afetando o ambiente como um todo. O consumo excessivo, somado ao descuido no manejo, leva a contaminação da água, solo e alimentos, podendo causar danos para saúde humana, animal e para o meio ambiente. Neste minicurso pretende-se alertar e conscientizar os participantes sobre as possíveis consequências da exposição a agrotóxicos para a saúde humana. Também serão discutidas algumas noções sobre cuidados no manejo destas substâncias. Espera-se que a disseminação das informações sobre o tema possa aumentar a conscientização sobre os riscos subjacentes a exposição aos agrotóxicos e possa ter impactos positivos no desenvolvimento de estratégias e procedimentos para promoção, prevenção, diagnóstico e acompanhamento da saúde das pessoas expostas.

Este minicurso tem como objetivo alertar e conscientizar os participantes sobre os possíveis impactos dos agrotóxicos sobre diferentes sistemas biológicos, bem como discutir sobre os agrotóxicos banidos na União Europeia e o deslocamento dos mesmos para os países da América Latina.

 

Palestrantes

 

Prof.ª Drª Ariane Zamoner Pacheco de Souza

Doutora em Ciências Biológicas – Bioquímica

Docente Permanente nos programas de Pós-Graduação em Bioquímica-PPGBQA-UFSC e em Farmácia-PGFAR-UFSC

Coordenadora do Laboratório de Bioquímica e Sinalização Celular – LabioSignal

 

Prof.ª Dr.ª Isabele Bruna Barbieri

Doutora em Direito

Pesquisadora e Advogada da Clínica de Justiça Ecológica

 

Prof.º Dr.º Maicon Roberto Kviecinski

Doutor em Bioquímica

Professor Visitante no Programa de Pós-Graduação em Bioquímica – UFSC

 

Msc. Claudia Daniele Bianco

Mestra em Neurociências

Doutoranda em Bioquímica

 

Luana Clemente Canuto

Estudante de graduação em Farmácia

Aluna de Iniciação Científica no LabioSignal

 

          

Curso 2

Álcool & neurodesenvolvimento: impactos do uso etanol durante a gestação e adolescência

A proposta do minicurso é discutir os efeitos do consumo de bebidas alcoólicas durante desenvolvimento do Sistema Nervoso Central (SNC). O neurodesenvolvimento se inicia na terceira semana de gestação e continua durante todo o período gestacional, prosseguindo após o nascimento, sendo que alguns marcos importantes ocorrem na infância, adolescência e início da vida adulta. O minicurso será ministrado por aulas expositivas síncronas, apresentação de imagens, curiosidades e vídeos para ilustrar os déficits comportamentais e emocionais ocasionados pela exposição ao álcool. Atualmente, não existe tratamento efetivo que possa reverter os efeitos do álcool no neurodesenvolvimento, o que justifica a realização desse curso.

Considerando o exposto, o minicurso pretende informar e alertar sobre os efeitos prejudiciais do consumo de bebidas alcoólicas durante o desenvolvimento do sistema nervoso central e suas possíveis consequências ao longo da vida do indivíduo. Espera-se que com este conhecimento, os participantes compreendam a importância de não consumir de bebidas alcoólicas durante a gravidez e amamentação, bem como no período pós-natal (infância e adolescência) e que possam ser disseminadores das informações recebidas.

 

Palestrantes

 

Prof.ª Drª Ariane Zamoner Pacheco de Souza

Doutora em Ciências Biológicas – Bioquímica

Docente Permanente nos programas de Pós-Graduação em Bioquímica – PPGBQA – UFSC e em Farmácia – PGFAR – UFSC

Coordenadora do Laboratório de Bioquímica e Sinalização Celular – LabioSignal

 

Prof.ª Dr.ª Patricia de Souza Brocardo

Doutora em Neurociências

Docente permanente no Programa de Pós-Graduação em Neurociências – PPGNeuro – UFSC

Coordenadora do laboratório de Neuroplasticidade – LANEP

 

Msc. Claudia Daniele Bianco

Mestra em Neurociências

Doutoranda em Bioquímica

 

Msc. Marina Veiga da Silva Amorim

Mestra em Neurociências

Colaboradora no Projeto de Extensão “Os perigos do consumo de álcool durante a gravidez”

 

Beatriz Carvalho de Oliveira

Estudante de graduação em Medicina

Colaboradora do Projeto de Extensão “oficinas e palestras de prevenção ao consumo indevido de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes”

 

Amanda Carolina Fonseca da Silva

Estudante de graduação em Medicina

Colaboradora do Projeto de Extensão “oficinas e palestras de prevenção ao consumo indevido de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes”

 

André Luiz Vieira da Silva

Estudante de graduação em Ciências Biológicas

Colaboradora no Projeto de Extensão “Os perigos do consumo de álcool durante a gravidez”

 

          

Alcoolismo como um dos fatores de risco para suicídio

30/09/2022 16:35

 

 

O mês de setembro é dedicado a estratégias e campanhas de conscientização e valorização da vida, no intuito da prevenção ao suicídio. A Campanha Setembro Amarelo® do ano de 2022 adotou o lema “A vida é a melhor escolha!”.

 

Você sabia que o uso nocivo de álcool pode ter relação com o aumento no risco de suicídio?

 

O uso nocivo de álcool desempenha um papel relevante na etiologia e agravamento dos transtornos depressivos, bem como nos piores desfechos, que incluem aumento no risco de suicídio.

 

Isso porque o álcool é uma substância capaz de aumentar os níveis de ansiedade, depressão, estresse e insônia, que são fatores relacionados ao risco aumentado de comportamento suicida, os quais tem influências recíprocas com os padrões de consumo de álcool.

 

O isolamento social, a ruptura de laços social e a marginalização social que são resultados comuns do abuso e dependência de álcool não tratado são fatores associados ao aumento do risco de suicídio entre alcoolistas.

 

O uso nocivo de álcool também pode levar a dependência psicológica e fisiológica.

 

Assim, além dos diversos agravos a saúde que o álcool pode causar ao corpo, como hepatite e cirrose hepática, também é um importante fator associado a transtornos psiquiátricos.

 

Os estudos sugerem que a prevenção e o controle do uso de álcool podem ser eficazes na promoção da saúde mental, bem como para reduzir o risco de suicídio nesse grupo populacional.

 

Dessa forma, programas de prevenção ao suicídio devem levar em conta os hábitos de consumo de álcool e reforçar a importância de padrões de comportamento saudáveis.

 

ESCOLHA A VIDA!

Encontre Ajuda

Ligue 188

Centro de Valorização da Vida

Disponível 24 horas por telefone e no seguinte horário por chat: Dom – 17h à 01h, Seg a Qui – 09h à 01h, Sex – 15h às 23h, Sáb – 16h à 01h.

               

                 

                 

                 

Referências:

Amiri S, Behnezhad S. Alcohol use and risk of suicide: a systematic review and Meta-analysis. J Addict Dis. 2020;  38(2):200-213. doi: 10.1080/10550887.2020.1736757.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA – ABP. A campanha Setembro Amarelo® salva vidas! 2022. Acesso em: 22 set 2022. Disponível em: https://www.setembroamarelo.com/

Nadorff MR, Salem T, Winer ES, Lamis DA, Nazem S, Berman ME. Explaining alcohol use and suicide risk: a moderated mediation model involving insomnia symptoms and gender. J Clin Sleep Med. 2014 Dec 15;10(12):1317-23. doi: 10.5664/jcsm.4288.

Pompili M, Serafini G, Innamorati M, Dominici G, Ferracuti S, Kotzalidis GD, Serra G, Girardi P, Janiri L, Tatarelli R, Sher L, Lester D. Suicidal behavior and alcohol abuse. Int J Environ Res Public Health. 2010 Apr;7(4):1392-431. doi: 10.3390/ijerph7041392.

Rehm J, Gmel GE Sr, Gmel G, Hasan OSM, Imtiaz S, Popova S, Probst C, Roerecke M, Room R, Samokhvalov AV, Shield KD, Shuper PA. The relationship between different dimensions of alcohol use and the burden of disease-an update. Addiction. 2017;112(6):968-1001. doi: 10.1111/add.13757.

Sullivan L. E., Fiellin D. A., O’Connor P. G. The prevalence and impact of alcohol problems in major depression: a systematic review. Am J Med 2005; 118: 330–341.

Uso de agrotóxicos e risco de suicídio

25/09/2022 15:44

                           

O mês de setembro se tornou um marco para trabalhos de prevenção ao suicídio. Conhecida como Setembro Amarelo, essa campanha alcançou proporções globais e no ano de 2022 adotou o lema “A vida é a melhor escolha!”.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2019 foram registrados mais de 700 mil suicídios a nível mundial e essa quantidade pode ser bem maior, considerando os casos subnotificados.

As causas para chegar ao ato de tirar a própria vida podem ser multifatoriais, mas, em sua maioria, estão vinculados a algum tipo de transtorno mental. O risco está aumentado em pessoas não diagnosticadas ou que não seguem um tratamento adequado. Infelizmente, muitos pacientes com transtornos mentais ainda são estigmatizados e muitos indivíduos afetados acabam não buscando ajuda, seja por receio do julgamento alheio, ou mesmo por não aceitar o diagnóstico e não seguir um tratamento corretamente.

Muitos fatores podem desencadear transtornos mentais, com destaque para fatores genéticos, uso de substâncias, situações familiares, sociais e profissionais e exposição a diferentes contaminantes ambientais. Nesse sentido, o uso de agrotóxicos acende um importante sinal vermelho com relação ao risco de suicídio aumentado. Muitos suicídios são consumados fazendo uso de substâncias exógenas como medicamentos e agrotóxicos, sendo que, beber “venenos” utilizados na agricultura costumam ser um dos métodos recorrentes para atentar contra a própria vida, principalmente entre círculos familiares de agricultores.

O uso de agrotóxicos nos cultivos agrícolas ainda é alarmante, principalmente no Brasil. A exposição a estas substâncias está relacionada a muitos problemas de saúde, incluindo câncer, doenças endócrinas, desordens neurológicas, neuropsiquiátricas e comportamentais. Evidências sugerem que a exposição a agrotóxicos, especialmente os organofosforados, podem impactar diretamente a produção e regulação do neurotransmissor serotonina, presente no sistema nervoso central e com papel crucial em casos de depressão e ansiedade. Sendo assim, os diferentes “venenos” utilizados na agricultura servem, não apenas como um meio de tirar a própria vida, mas também podem atuar como desencadeadores de desregulações mentais graves e, consequentemente, aumento no risco de cometer suicídio.

 

Diga não aos agrotóxicos! Diga sim a vida!

 

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Ligue 188

Centro de Valorização da Vida

Disponível 24 horas por telefone e no seguinte horário por chat: Dom – 17h à 01h, Seg a Qui – 09h à 01h, Sex – 15h às 23h, Sáb – 16h à 01h.

 

Fonte imagens: https://www.setembroamarelo.com/; https://br.freepik.com/.

 

Referências

 

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA – ABP. A campanha Setembro Amarelo® salva vidas! 2022. Acesso em: 22 set 2022. Disponível em: https://www.setembroamarelo.com/.

 

FARIA, N.M.; FASSA, A.G.; MEUCCI R.D. Association between pesticide exposure and suicide rates in Brazil. Neurotoxicology., v. 45, p. 355-62, 2014. doi: 10.1016/j.neuro.2014.05.003.

 

FONSECA, B.; GRIGORI, P.;  LAVOR, T. Depressão e suicídio: 1569 brasileiros se mataram tomando agrotóxicos na última década. 2020. Acesso em: 22 set 2022. Disponível em: https://reporterbrasil.org.br/2020/10/depressao-e-suicidio-1569-brasileiros-se-mataram-tomando-agrotoxicos-na-ultima-decada/#:~:text=Pesticidas%20e%20depress%C3%A3o,m%C3%A9dia%20renda%2C%20como%20o%20Brasil.

 

GONZAGA, C.W.P.; BALDO, M.P.; CALDEIRA, A.P. Exposure to pesticides or agroecological practices: suicidal ideation among peasant farmers in Brazil’s semi-arid region. Cien Saude Colet., v. 26, n. 09, p. 4243-52, 2021. doi: 10.1590/1413-81232021269.09052020.

 

LONDON, L.; FLISHER, A.J.; WESSELING, C.; MERGLER, D.; KROMHOUT, H. Suicide and exposure to organophosphate insecticides: cause or effect? Am J Ind Med., v. 47, n. 04, p. 308-21, 2005. doi: 10.1002/ajim.20147. PMID: 15776467.

09 de Setembro – Dia Mundial de Prevenção à Síndrome Alcoólica Fetal

09/09/2022 21:52

O dia 09 de Setembro é marcado como o Dia Mundial de Prevenção à Síndrome Alcoólica Fetal (SAF). Existe uma simbologia para a escolha desta data, sendo o nono dia do nono mês do ano, que representam os nove meses de gestação. Interessantemente, o primeiro dia da SAF ocorreu em 09 do 09 de 1999.

O conjunto de problemas decorrentes do uso de álcool durante a gestação é denominado Transtornos do Espectro Alcoólico Fetal (TEAF). A manifestação mais grave contida neste espectro é a Síndrome Alcoólica Fetal, que ocorre mediante consumo crônico de altas doses de álcool, ou seja, a mãe bebe muito durante toda a gestação. A SAF é a única condição que pode ser diagnosticada sem a mãe confirmar que bebeu e possui critérios específicos de avaliação: 1) Dismorfologias faciais, que são alterações da face e cabeça. 2) Atraso no crescimento, tanto ao nascer quanto ao longo da vida. 3) Alterações neurológicas, como atraso no desenvolvimento motor, irritabilidade, déficits cognitivos, problemas de atenção, dentre outros.

No entanto, embora a SAF apresente um comprometimento neurológico mais elevado, o consumo de baixas doses de álcool em qualquer período da gestação pode levar a várias alterações neurológicas mais “sutis”, que vão acompanhar esse indivíduo por toda a vida. Muitas vezes se tornam as crianças “problema” na escola, pois podem ser mais agitadas, ter dificuldades de atenção, ter um baixo limiar à frustração, se irritarem facilmente, apresentarem déficits no processo de aprendizagem, dificuldades no convívio social, maior propensão ao uso de álcool e outras drogas, dentre outros.

São vários os fatores envolvidos com a gravidade do uso de álcool durante o neurodesenvolvimento, dentre os quais destaca-se o período da gestação e a quantidade de álcool ingerida, o padrão de consumo (se a pessoa é alcoolista e bebe muito todos os dias, se ocorreu um consumo pesado uma única vez, se ocorreu um consumo baixo ou moderado de forma repetida alguns dias na semana, etc), a genética materna, e outros fatores como a qualidade da alimentação e o aporte nutricional. Além disso, o círculo social e a rede de apoio dessa gestante também exercem influência ao uso ou abstinência de bebidas alcoólicas nesse período.

Importante salientar que muitas mulheres fazem uso de álcool durante a gestação pois não tem o conhecimento dos riscos, e isso não se limita a pessoas de nível de escolaridade menor ou classe social mais baixa. Portanto, o objetivo final deste texto não é criticar ou culpar mães que beberam durante a gravidez, mas sim alertar sobre todos os problemas que podem acompanhar esse indivíduo (que foi exposto ao álcool durante o desenvolvimento) ao longo da vida e que são totalmente evitáveis, basta não beber nesse período. Além disso, mulheres que não pretendem engravidar, mas que se colocam em situação de risco (como não usar métodos contraceptivos) devem se abster do uso de bebidas alcoólicas.

 

A partir do momento em que temos uma informação importante, devemos levar adiante, isso pode proteger muitas vidas em desenvolvimento. Compartilhe essa mensagem com seu círculo social: Consumo de álcool durante a gestação, nenhuma dose é segura e nenhum período é seguro!

 

Referências

CENTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE SAÚDE E ÁLCOOL – CISA. 9 de setembro: Dia mundial de prevenção da Síndrome Alcoólica Fetal. 2021. Disponível em:  https://cisa.org.br/sua-saude/informativos/artigo/item/315-9-de-setembro-dia-mundial-de-prevencao-da-sindrome-alcoolica-fetal. Acesso em: 09 set 2022.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Em Dia Mundial de Prevenção à SAF, especialista da SBP exalta a importância da conscientização sobre uso de álcool na gravidez. 2021. Disponível em: https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/em-dia-mundial-de-prevencao-a-saf-especialista-da-sbp-exalta-a-importancia-da-conscientizacao-sobre-uso-de-alcool-na-gravidez/. Acesso em: 09 set 2022.

Laboratório Multiusuário de Estudos em Biologia (LAMEB)

23/05/2022 17:14

 

 

O Laboratório Multiusuário de Estudos em Biologia (LAMEB) está vinculado ao Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O LAMEB faz parte da política do CCB de privilegiar estruturas multiusuárias de pesquisa e ensino. Abriga hoje equipamentos de alta tecnologia adquiridos com recursos de projetos institucionais como CT-INFRA e Pró-Equipamentos, financiados por distintas agências de fomento (FINEP, CAPES). A utilização dos equipamentos é disponibilizada a todos os interessados e seu objetivo maior é permitir aos grupos de pesquisa do CCB e da UFSC elevar a qualidade da pesquisa científica e da inovação.

Homenagem ao Dia Internacional da Enfermagem

13/05/2022 19:46

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Escolhi os plantões, porque sei que o escuro da noite amedronta os enfermos.
Escolhi estar presente na dor porque já estive muito perto do sofrimento.
Escolhi servir ao próximo porque sei que todos nós um dia precisaremos de ajuda.
Escolhi o branco porque quero transmitir paz.
Escolhi estudar métodos de trabalho porque os livros são fonte do saber.
Escolhi ser Enfermeira porque amo e respeito a vida!

(Autor desconhecido)

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Você sabe o que LaBioSignal fez durante a limitação das atividades presenciais na UFSC?

18/04/2022 18:10

 

Dia 18 de abril de 2022 marca o reinício das atividades didáticas presenciais na UFSC e estamos todos ansiosos para este momento, tão esperado após tanto tempo da pandemia do COVID-19 que assolou o mundo.

Desde março de 2020 estávamos vivenciando e experimentando diferentes modalidades de ensino e nos adaptando a realidade que foi imposta como medida de restrição sanitária e de contato pessoal para conter o avanço do contágio.

Mas a UFSC nunca parou. Apesar das limitações às atividades presenciais, a UFSC precisou adaptar as atividades associadas a gestão, ensino, pesquisa e extensão. Os grupos de pesquisa coordenados por professores de diversas áreas do conhecimento trabalharam muito em diversas frentes no enfrentamento da pandemia, com ações no combate à Covid-19 e no diagnóstico dos pacientes. Além das ações de enfrentamento a pandemia, todas as demais atividades vinculadas a UFSC se adaptaram e continuaram acontecendo.

Eu, Ariane Zamoner Pacheco de Souza, coordenadora do Laboratório de Bioquímica e Sinalização Celular, estive envolvida durante todo este período (março 2020 a abril 2022) em atividades de gestão, ensino, pesquisa, extensão, como vocês poderão conferir a seguir.

Mas… É preciso destacar que para o sucesso e execução de todas as atividades descritas até aqui, sempre contei com valiosa e indispensável participação ativa e colaboração das alunas de doutorado (Katiuska, Cláudia, Sandra, Mariane e Filomena), iniciação científica (Giovana, Erica e Luana) e bolsistas de extensão (Amanda e Beatriz) do grupo, algumas chegando agora. As pesquisadoras de pós-doutorado Fabiana e Adny também foram essenciais para as atividades do grupo. Meninas, obrigada por tudo! Recentemente, contamos também com a importante participação do Prof. Maicon R. Kviecisnki, professor visitante junto ao PPGBQA.

LabioSignal é um laboratório quase exclusivo das Mulheres!!!!!

A seguir, acompanhe um breve resumo de nossas atividades de março de 2020 a abril de 2022 associadas a pesquisa, extensão, ensino e gestão.

Pesquisa

  • 10 artigos publicados em periódicos internacionais indexados;
  • 1 capítulo em livro texto de Bioquímica;
  • Redação, submissão e participação em projetos de pesquisa para angariar recursos financeiros de custeio, capital e bolsas (iniciação científica, produtividade em pesquisa e pós-doutoramento) para agências de fomento nacionais e internacional e editais internos (CNPq, CAPES, FAPESC e FCT-Portugal);
  • Coordenação de projeto de pesquisa aprovado com financiamento Chamada Pública Fapesc nº 16/2020 – Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde – PPSUS;
  • Coordenação de Projeto de pesquisa aprovado com financiamento CNPq/MCTI/FNDCT Nº 18/2021 – Universal;
  • Aprovação de projetos para solicitação de bolsas de iniciação científica, a saber:
  • Programa de Iniciação Científica 2020/2021
  • Programa de Iniciação Científica 2021/2022
  • Submissão e aprovação da solicitação de bolsa de Produtividade em Pesquisa do CNPq;
  • Participação em bancas de qualificação e defesas de dissertações de mestrado e teses de doutorado;
  • Orientações concluídas durante a pandemia da COVID19: finalização de 2 estágios de pós-doutorado, finalização de 2 teses de doutorado como orientadora (1 no Programa de Pós-Graduação em Farmácia/PPGFAR e 1 no Programa de Pós-Graduação em Bioquímica/PPGBQA) e defesa de 1 tese de doutorado em coorientação pelo PPGBQA;
  • Orientações em andamento: 4 alunas de doutorado, coorientação de doutorado;
  • Realização de 3 qualificações de doutorado de discentes do grupo (2 do PPGFAR e 1 do PPGBQA);
  • Elaboração e submissão de relatórios técnico e financeiro para prestação de contas ao CNPq, referente a projeto encerrado em fevereiro de 2022;
  • Elaboração de relatório anual de atividades do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica na plataforma Sucupira durante o ano de 2020.

Extensão

  • Participação como membro do Forum Catarinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos, vinculado ao Ministério Público de Santa Catarina (FCCIAT/MPSC) – desde 2019,
  • Organização de 4 eventos, a saber:
  • Current topics in Biochemistry – CURTO. 2021. (Congresso).
  • II Webinar Brasileiro e III Simpósio de Prevenção à Síndrome Alcoólica Fetal (SAF). 2021
  • Frontiers of Medical & Biological Sciences: Quarantine Edition. 2020.
  • Webinar Brasileiro e II Simpósio de Prevenção à Síndrome Alcoólica Fetal (SAF). 2020
  • Organização de 3 cursos:
  • Impactos dos agrotóxicos à saúde humana: estamos realmente seguros?. 2020
  • Agrotóxicos, transtornos psiquiátricos, doenças neurodegenerativas e câncer: vamos discutir sobre o assunto?. 2020
  • Impactos do uso de álcool durante o neurodesenvolvimento: O que sabemos até agora?. 2020.
  • Produção de material didático e audiovisual;
  • Publicação de materiais de divulgação associados aos temas de estudo do LaBioSignal em endereço eletrônico, YouTube e redes sociais do grupo de Pesquisa;
  • Aprovação de projeto no Edital PROBOLSAS 2022, com 2 bolsistas de extensão para o projeto de Prevenção ao uso nocivo de álcool.

Ensino

  • Docente na disciplina MED-7002 (Introdução ao Estudo da Medicina II nos semestres 2020-1, 2020-2, 2021-1 e 2021-2);
  • Docente nas disciplinas de Seminários I, II, III e IV do Programa de PG em Bioquímica nos semestres 2020-1, 2020-2,2021-1 e 2021-2 (todas em tempo real em atividade síncrona). Também no Programa de PG em Bioquímica coordenou a disciplina “Tópicos Especiais: Desafios e Inovações das Ciências Biológicas do século XXI” no semestre 2020-2. No semestre 2020-1 coordenou a disciplina “Tópicos Especiais em Bioquímica: Estrutura, metabolismo e sinalização lipídica”;
  • Preparação e gravação de aulas online para os estudantes assistirem em momento assíncrono (em casa, no horário predefinido ou no momento em que o estudante preferir assistir);
  • Aulas síncronas (em tempo real com os estudantes). Salienta-se que para cada aula gravada, estava prevista uma aula síncrona, momento em que os estudantes tiravam suas dúvidas, conversavam com o professor e resolviam exercícios e problemas. No caso das aulas da Medicina em todos os conteúdos, foi ministrada aula em tempo real.

Gestão/Administração

  • Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica da UFSC (17/03/2016 a 01/01/2021), a qual soma-se a participação como membro no conselho de Unidade;
  • Coordenação de subprojeto de internacionalização da UFSC, vinculado ao Programa CAPES-PrInt (2018-atual);
  • Coordenação de acordo de cooperação internacional UFSC-Universidade de Coimbra (2019-atual);
  • Membro da Câmara do Centro de Ciências Biológicas de Pós-Graduação (16/03/2016 a 01/01/2021);
  • Membro da Câmara de Pós-Graduação da UFSC (2019-2021), onde fui a relatora de vários processos, como por exemplo o da minuta para criação da Política de Ações Afirmativas no âmbito da Pós-Graduação da UFSC.;
  • Membro do colegiado Delegado do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica (2021-atual);
  • O LaBioSignal colocou à disposição da Prefeitura Municipal de Florianópolis um ultrafreezer para armazenar vacinas da Pfizer, que estavam previstas para chegar ao País e exigiam acondicionamento em temperaturas de 80 graus centígrados negativos;
  • Elaboração de relatórios técnicos e de prestação de contas para agências de fomento e para a instituição.;
  • Organização e logística da compra e manutenção de materiais e equipamentos.

E tudo isso sem contar participações em congressos, palestras, experimentos, atualização e revisão de literatura científica, reuniões virtuais e presenciais, seminários, redação e correção de artigos, teses, projetos, relatórios, submissões diversas para agências de fomento, muitas delas (a maioria) com reconhecimento de mérito, mas sem recursos aprovados …

Ah, para os que não sabem, também nos mudamos para um novo prédio do Centro de Ciências Biológicas. Então, durante esse período também tivemos que encaixotar todos os materiais, reagentes (quase 100% deles muito tóxicos), equipamentos, livros, móveis, eletrônicos…. TUDO o que tínhamos no laboratório e transportar todos os itens para outro prédio. No novo prédio, tudo precisou ser limpo, catalogado e organizado novamente para recomeçar.

Ufa, cansei!!

Bem, acho que ficou muito claro que a nossa querida UFSC nunca parou. Atividades didáticas presenciais deixaram de acontecer por um tempo. E nesse tempo, trabalhamos como nunca, nos reinventamos e nos adaptamos a nova realidade, imposta pela pandemia que assolou o mundo. A UFSC virtual ou presencial esteve sempre trabalhando pela sociedade.

Que venha o semestre 2022-1 na modalidade presencial!

O LaBioSignal dá boas-vindas a todos!

Quer saber mais sobre algumas das atividades realizadas pela UFSC? Acesse

#OrgulhoDeSerUFSC #LaBioSignal

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